Repórteres da EPTV elegem a reportagem mais marcante da carreira na emissora

Onze dos repórteres mais antigos da EPTV contam suas impressões sobre as histórias que fizeram a diferença em suas vidas pessoais e profissionais.

| EPTV

Entre tantas histórias, coberturas, séries especiais, qual a mais marcante na carreira de um repórter de TV? Onze dos profissionais com mais anos de EPTV que buscam a notícia nas ruas contaram quais reportagens mais marcaram as suas vidas.

Separamos todos os vídeos destacados por eles e esta é a chance de relembrar grandes casos, desafios pessoais e profissionais e também personagens que ensinaram e emocionaram os repórteres.

Na lista, estão Ciro Porto, João Carlos Borda, Dirceu Martins, Daniela Lemos, Iara Ruffini, Edlaine Garcia, Paulo Gonçalves, Helen Sacconi, Bianca Rosa, Marcelo Ferri e André Natale.

Ciro Porto - Beija-flor - 1994

Com 33 anos de EPTV e idealizador do Terra da Gente, Ciro Porto construiu sua carreira na reportagem e na paixão pela natureza. Em meio a tantas histórias e coberturas marcantes de repercussão nacional, a grande produção sobre beija-flores, dos mais comuns aos mais exóticos, em 1994 marcou sua vida.  

Foram três meses de registros de espécies pelo Brasil, 60 ao todo, com curiosidades que vão desde o batimento das asas ao pulsar dos corações das aves menores e mais leves do mundo. O conteúdo documentário foi exibido em dois programas do Globo Repórter e recebeu sete prêmios internacionais. As imagens ganharam o mundo e foram exibidas no Discovery Channel do Canadá.

"A reportagem do beija-flor foi uma da mais marcantes. Através dela percebi como as partes, por menor que sejam, têm grande importância para o todo", conta.

João Carlos Borda - Caso Joaquim - 2013
Em 27 anos de EPTV, nenhuma outra reportagem marcou Borda tanto quanto o caso Joaquim. A história do menino com diabetes morto pelo padrasto Guilherme Longo em 2013 teve repercussão nacional e desdobramentos ao longo dos anos. Toda a equipe envolvida na cobertura mergulhou nos detalhes da investigação. 

"Foi mais pelo fato de nós, nossa equipe, termos exercido uma função muito investigativa. Conseguimos achar os fatos que depois foram seguidos pela polícia, como por exemplo a questão da caneta usada para a aplicação de insulina. Foi a nossa equipe que descobriu onde o Guilherme Longo havia comprado essa caneta e que provavelmente foi usada para aplicar a superdosagem de insulina que levou o menino à morte", lembra.

Dirceu Martins - Andes peruanos - 2017
A história de Dirceu na EPTV começou há 23 anos. Da praça de Ribeirão Preto, o repórter especial já conduziu reportagens de rede nacional em todas as praças da emissora. Das viagens pelo mundo, destaca a mais marcante: Andes peruanos, em 2017.  

Durante 30 dias de viagem, a equipe de reportagem enfrentou desafios diante de temperaturas extremas e relevos. Cruzou do Oceano Pacífico à Amazônia peruana, passando pela Cordilheira dos Andes.

"Acho que vivemos em um continente magnífico. Em termos de aventura e natureza, a América do Sul é o máximo! Temos fogo e gelo, deserto e lagos, altitudes olímpicas e, sobretudo, temos a Amazônia, o maior alumbramento do planeta", conta. 

Daniela Lemos - Sequestro de criança - 1997
Um marco jornalístico no início da carreira. Com 22 anos de casa, Daniela lembra com detalhes da história que a marcou profissionalmente quando ainda era recém-formada e recém-chegada à EPTV. O mês era maio de 1997. No fim de um plantão, perto da meia-noite, a notícia de um sequestrador com uma criança refém na Rodovia Dom Pedro I teria um desfecho que ganharia o mundo. 

Após horas de tensão e negociação, o tempo todo acompanhada por ela e pelo repórter cinematográfico Sávio Monteiro, um policial consegue atirar contra o sequestrador que mantinha uma faca no pescoço da criança.

"Foi uma experiência tão forte que ela tem 22 anos que aconteceu e ainda é o fato mais importante da minha carreira. Teve várias outras matérias que eu tive muito prazer em fazer, mas essa foi de fato a que mais chamou a atenção para mim, as pessoas passaram a prestar atenção no meu trabalho, recebi elogios. [...] Uma imagem muito forte, provocou uma emoção muito grande em mim e em toda a equipe. Acho que só consegui fazer o meu trabalho da forma que eu fiz, de levar até o fim, de manter a imagem - que num primeiro momento os policiais queriam que a gente apagasse - e consegui fazer a matéria como eu fiz, com a ajuda do Mingão (Sávio Monteiro), o repórter cinematográfico que tinha uma superexperiência e foi me ajudando a levar aquele factual até o fim", conta.  

Edlaine Garcia - Série Tempo - 2005
Com 24 anos de EPTV, Edlaine destaca a paixão pelas histórias do bem, positivas, que inspiram e marcam a vida desde os colegas de reportagem e produção até os telespectadores. No jornalismo, as séries especiais de fim de ano sempre ganharam um espaço de destaque na sua vida pessoal e profissional. Atualmente, a repórter divide com o público as belas histórias no programa Mais Caminhos. 

Entre tantas produções, a série feita sobre o Tempo em 2005 foi a mais marcante para a repórter que busca sempre "sentir o infinito na finitude de cada instante".

"Não tenho dúvida de que a minha missão é com esse tipo de comunicação. É o que faz sentido pra mim. E, daí, é lindo olhar para trás e ver que a lista de matérias com esse teor é grande nesses 24 anos na EPTV. Escolhi uma série que fala do Tempo, que fiz com meu grande amigo do coração e parceiro profissional com quem tive a honra, pra minha sorte, de fazer muitas matérias desse tipo: o repórter cinematográfico Vanderlei Duarte. Numa época em que não temos priorizado dar uma parada e olhar as pessoas nos olhos, vale a pena relembrar o que significa mesmo o Tempo". 

Iara Ruffini - Zé Celso Martinez Corrêa - 2005
Iara começou na praça do Sul de Minas como repórter há 19 anos e depois seguiu para São Carlos, onde também passou a atuar como apresentadora. Em 2005, ficou conhecida como "Iara de Araraquara" após a reportagem para o quadro "Em Cena" que foi uma das mais marcantes da sua vida e da sua carreira: uma entrevista inusitada com a referência do teatro José Celso Martinez Corrêa. 

O homem das peças polêmicas e misteriosas envolveu Iara no encontro com jovens apaixonados por teatro. A entrevista foi um desafio, ou melhor, uma "viagem" junto com Corrêa.

"Ele dá a mão pra mim, me puxa para participar e contar a história. Tive que estar disponível e ouvir muito ele. Como ele não gravou comigo no microfone, tudo o que ele falava eu tive que ir pincelando e muito atenta com isso. [...] Tive que entrar na dele, foi um desafio. Ele declamou bastante, ele cantou bastante. Quando perguntei sobre o envolvimento com o teatro, ele cantou pra mim uma parte da peça autobiográfica 'Vento forte para um papagaio subir'. [...] Eu tive que ouvir muito mais naquele momento para poder capturar ali essa mensagem que ele deixa, quem realmente ele é, esse homem que vive pela arte".  

Paulo Gonçalves - Peão brasileiro - 2005
Do início nas coberturas esportivas para as viagens pelo mundo e programas exibidos em rede nacional. Em 18 anos de EPTV, Paulo relembra quando, ainda como repórter de esporte, teve a chance de fazer o seu primeiro Globo Repórter, em 2005. A história de um peão brasileiro que realizou um sonho repercutiu rápido. Poucos meses depois, ele passou a integrar a equipe de rede da emissora.  

"Essa reportagem foi ao ar em novembro de 2005, após o ultimo capítulo da novela América. Foi meu primeiro Globo Repórter, por isso sempre vai marcar mais. E fala sobre um brasileiro humilde que realizou um sonho. E os sonhos são o combustível que move a humanidade!!", conta. 

Bianca Rosa - Adoção especial - 2014
Cada etapa da carreira jornalística de Bianca foi vivida na EPTV. Há 18 anos, entrou na emissora como estagiária e, aos poucos, alcançou a reportagem de rua, sua paixão. Entre quadros e séries especiais, ganhou espaço também com furos jornalísticos. 

Mas foi uma história de amor incondicional que Bianca elegeu como a mais importante da sua carreira: uma família que adotou filhos especiais. A reportagem foi exibida na série "Ligação" em dezembro de 2014.

"Poderia ter sido um furo jornalístico ou uma superprodução. Mas eu queria algo positivo e especial como este momento... Como essa família! Impossível outra escolha senão o amor. Puro, doce e livre. Uma reportagem que mexeu demais comigo. E mexe com qualquer um que assistir. Quer valer? Aposto que seu dia vai melhorar!". 

Helen Sacconi - Série Passos da fé - 2018
Já se passaram 17 anos desde o primeiro dia na EPTV. Nesse tempo, o sonho de integrar as equipes do Terra da Gente em viagens por cenários incríveis da natureza se concretizou. Helen se tornou repórter de rede e suas reportagens exibidas Brasil afora dividem espaço com o que acredita ser a sua missão: servir à população a partir de coberturas de problemas da comunidade.

Em meio a diferentes formatos, surgiu o desafio de acompanhar os passos de fiéis em busca de milagres e agradecimentos. Peregrinos que contribuíram, a cada quilômetro percorrido, para uma experiência inesquecível para Helen. Foi na série Passos da fé, em março de 2018.

"Aceitei o convite da Fernanda Zanetti com certo ceticismo e terminei a série entregue às histórias de milagre. Me tornei personagem ao longo da jornada diante das histórias que ouvi", conta. 

Marcelo Ferri - Monte Caburaí - 2017
Foram muitas vivências e histórias ao passar pelas praças do Sul de Minas, Campinas e Ribeirão Preto nesses 14 anos de EPTV. As coberturas para os jornais locais dividem a agenda com as produções do Terra da Gente. E entre tantas experiências, uma viagem produzida pelo programa marcou para sempre a carreira de Marcelo: a expedição ao Monte Caburaí em Roraima, no ano de 2017. 

"Nessa reportagem, que comemorou os 20 anos do Terra da Gente, passamos oito dias caminhando na selva amazônica na companhia de índios nativos. Fomos a primeira equipe de televisão a chegar caminhando ao ponto mais extremo do Norte brasileiro. Foi uma reportagem que demandou muito esforço físico e psicológico, caminhávamos até 10 horas por dia, tomamos banho no rio comemos e dormimos na selva", conta. 

André Natale - Dourado na Argentina - 2011
Já são quase 13 anos desde o início da jornada de André na EPTV, em 2006. Começou a caminhada na emissora de São Carlos onde se tornou repórter e conquistou espaço ao buscar formas diferentes de colocar as pautas de esporte no ar. O olhar para as histórias foi para Campinas. Entre notícias esportivas, histórias e coberturas dos jornais diários, as viagens para o Terra da Gente têm um lugar especial na sua carreira.

Em 2011, na Argentina. Do Rio Paraná, o repórter fisgou um recorde: o maior dourado já pescado pelas equipes do programa.

"O que vivi na EPTV não se traduz em palavras. Difícil, viu. Afinal, em que outro lugar existe um Terra da Gente? Um programa dos sonhos de muitos jornalistas. Que me permitiu conhecer centenas de lugares mágicos. E, com belas histórias, levar o telespectador junto com a gente até destinos inimagináveis. Pesquei muito, aprendi muito e vivi muito. Se tem o que me marcou? Ah, um recorde né. O maior dourado já fisgado por uma equipe do programa. Não dá pra escolher outra. Argentina, Rio Paraná e na ponta da linha um monstro de 22 Kg e uma festa inesquecível", lembra. 

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