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Agenda São Carlos realizou 1ª edição para debater o tema cidades criativas

Evento gratuito última quinta (12), no Sesc

| ViaEPTV

A primeira edição do Agenda São Carlos (SP) ocorreu na última quinta (12), no Sesc. O objetivo do encontro foi discutir os principais problemas da cidade e apontar possíveis soluções. A urbanista e assessora das Organizações das Nações Unidas (ONU) Ana Carla Fonseca participou como palestrante convidada. O seminário, organizado pela Oceano Azul Eventos, foi uma iniciativa do jornal Tribuna e da rádio Jovem Pan, com o apoio institucional da EPTV.
Considerada pelo jornal espanhol ‘El País’ uma das referências mundiais na área de economia criativa, Ana é administradora pública pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e doutora em urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP). Uma de suas palestras propôs uma pequena volta ao mundo, mostrando o potencial de cidades e de como é possível transformar a realidade econômica e cultural.
Cidade criativa
Segundo Ana, uma cidade criativa apresenta três características básicas: inovações, conexões e cultura. Para se chegar à cidadania ativa, são necessárias transparência, liberdade de expressão, engajamento efetivo, continuidade, governança compartilhada, confiança e afeto pela cidade (leia a entrevista na íntegra).
De acordo com a urbanista, todos os processos de transformação urbana envolvem cidadania ativa, embora em diferentes graus. “Foi assim no caso de Bogotá, no qual a ‘cultura cidadã’ foi um pilar imprescindível para reinventar a cidade, sustentando um processo engendrado pelo governo municipal; e também em Paraty (RJ), cidade que ganhou redobrada notoriedade com a Flip [Festa Literária Internacional de Paraty], mas que na verdade teve na festa literária um ícone de visibilidade para uma nova fase urbana, com grau majorado de cidadania ativa”, disse.
O papel da universidade
São Carlos é um município que conta com um centro de excelência universitário. Questionada sobre qual é o papel da universidade na construção de uma cidade criativa, Ana ressaltou que depende de como esse centro se relaciona com a região. “Essa relação é porosa, simbiótica, quotidiana? Se não, do ponto de vista da transformação urbana, pouco adianta ser um centro de conhecimento encastelado”.
Já em relação ao poder público ela diz que há diferentes exemplos de processos de transformação da cidade com base em sua criatividade. Em alguns casos são catalisados pela sociedade civil, em outros por governos, em outros ainda pela iniciativa privada.
“Nossa experiência na área indica que, independentemente de qual desses atores acenda o fósforo da transformação, para que esse fogo se converta em labareda permanente é necessário que os outros atores - setor privado, sociedade civil - participem, como um tripé de sustentação. Qualquer desses atores estando ausente, o processo de transformação urbana atinge o limite impeditivo de mais avanços”, declarou.
Divulgação

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